Depois de uma primeira etapa do Moçambola longe do previsto, o que obrigou à mudanças na estrutura técnica que originou o regresso de Carlos Manuel como treinador principal nove anos depois do brilharete de 2015, e que veio dar algum alento necessária à equipa que culminou com o quarto lugar no Moçambola atrás da Black Bulls, UD Songo e Costa do Sol, o Ferroviário de Maputo já se encontra a projectar a próxima futebolística. Ainda que a presente época não esteja definitivamente encerrada nas hostes “locomotivas”, considerando o facto de a equipa estar envolvida na Taça de Moçambique e com objectivos elevados, a verdade, porém, é que a próxima época está em perspectiva e o seu desenho conta com o contributo do mister Caló, técnico que mereceu e volta a merecer a confiança da família Ferroviário para os destinos da equipa principal para a próxima época. É um prémio da Direcção à Carlos Manuel, pela competência demonstrada e capaz de alcançar patamares mais altos. “Nós, do quarto [lugar] para cima o fosso já era maior. O Costa do Sol não saía do terceiro lugar. E, nós, tínhamos o objectivo de manter o quarto lugar, portanto, nas situações em que vínhamos a nossa intenção era estarmos entre os quatro melhores e acabámos conseguindo. Fizemos, realmente, uma recuperação brilhante na segunda volta da prova, porque estivemos focados no jogo a jogo. Em várias frentes correu-nos bem e em outros não, e as últimas três jornadas realizadas fora de portas foram traduzidas em derrotas, mas em comparação com os três primeiros classificados a única equipa que perdemos os seis pontos para ela foi a União Desportiva de Songo. Com o Costa do Sol, por exemplo, perdemos um jogo e empatámos o outro, e com a Black Bulls empatámos um e ganhámos o outro. Portanto, fizemos um campeonato possível, sem esquecer que em muitos casos fomos severamente prejudicados” analisou o Vice-Presidente para Alta-Competição, Omair Gafur. “Não podemos estar totalmente satisfeitos porque a ideia do Ferroviário é sempre lutar pelos títulos nacionais, mas melhorámos taxativamente em relação ao Moçambola do ano passado. Temos de fazer com que a Taça de Moçambique de Moçambique seja nossa. Estamos todos empenhados para ultrapassar a Associação Desportiva de Vilankulo, que é um adversário difícil, que nos permite alcançar as meias-finais da competição” apurou o dirigente que mantém a confiança do Ferroviário em relação a Carlos Manuel. “Não temos intenção de mudar de treinador. O treinador também não tem intenção de sair. Estamos a finalizar algumas abordagens, mas convictos de que a equipa técnica vai ser a mesma. Conjuntamente, estamos em conversações com os jogadores para renovações e contratações”. Aos adeptos, Omair Gafur deixou uma palavra de apreço pelo apoio demonstrado ao longo da época e com uma exortação para o próximo jogo da Taça de Moçambique. “Todos nós estamos frustrados por não termos alcançado aquilo que era inicialmente o objectivo do Moçambola-2024, que era o campeonato nacional. Queremos agradecer aos adeptos, que nunca desistiram do seu Ferroviário. Acompanharam a equipa em todas as fases, seja em jogos realizados em casa e seja foram de portas, sempre exprimindo o seu apoio a equipa. Temos a seguir o jogo com ADV, o qual e como sempre, exortamos que nos mobilizemos em massa para ultrapassarmos este obstáculo e seguirmos em frente na Taça de Moçambique” concluiu.