A controvérsia começou com a proibição pelos adeptos de dois treinadores-adjuntos, Suleimane Barros e Bento Mate, de continuarem a trabalhar com a equipa, alegadamente por maus tratos a alguns jogadores. Em solidariedade aos seus colaboradores, Caló decidiu rescindir o seu contrato com o Desportivo de Nacala, privando-se assim do apoio técnico fundamental para a sua equipe.
O desafio seguinte do Desportivo, sem Caló e seus adjuntos, foi contra o Ferroviário local, uma tarefa árdua que resultou em uma derrota por 1-0. O resultado negativo parece ter sido o ponto de viragem para Caló, que, ao regressar do jogo, reuniu-se com a direção do clube para apresentar a sua demissão do cargo de treinador. Ele recusou-se a continuar trabalhando com outros elementos na equipa técnica, numa demonstração de solidariedade para com os seus adjuntos e de descontentamento com a situação vigente.
Além da saída de Caló, o Desportivo de Nacala enfrenta outra baixa significativa: Shelton, jogador acusado pelos adeptos de ter recebido dinheiro do Ferroviário de Nampula para subornar os seus colegas da defesa e facilitar a vitória do adversário no jogo anterior, que terminou em derrota por 1-2. Essas acusações lançam uma sombra sobre a integridade do jogador e levantam preocupações sobre a ética no desporto.
A saída de Caló deixa o Desportivo de Nacala na 7ª posição, com 8 pontos, resultado de duas vitórias, dois empates e três derrotas. Este revés coloca em evidência não apenas as fragilidades técnicas da equipa, mas também as questões internas que afetam a estabilidade e a moral do clube. Resta saber como o Desportivo de Nacala irá lidar com esses desafios e se conseguirá recuperar o seu desempenho e reputação no cenário desportivo moçambicano.
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