Chingale regressa ao Moçambola com processo na mesa
FIFA exige ao Chingale pagamento de dívida de 2017
O Chingale de Tete está de volta ao Moçambola após oito anos de ausência, mas o regresso ao principal escalão do futebol moçambicano traz consigo um problema pendente: uma intimação da FIFA para o pagamento de uma dívida de 9.000 francos suíços (cerca de 639.000 meticais). O montante está relacionado com a tramitação de um processo movido em 2017 pelo técnico português Carlos Graça, que reivindicava salários em atraso.
Dívida herdada de 2017
A dívida em questão resulta de uma queixa apresentada por Carlos Graça no final da temporada de 2017, quando o Chingale foi despromovido do Moçambola. Na altura, o treinador exigia o pagamento de valores pendentes. O clube garante que os salários foram regularizados, mas não tinha conhecimento da obrigação de pagar os custos processuais à FIFA.
Lúcio Meque, diretor desportivo do Chingale, confirmou a intimação e garantiu que a situação será resolvida.
“Quando fomos notificados da queixa do técnico Carlos Graça, o Chingale provou à FIFA que pagou os salários em falta a ele e a mais dois elementos da equipa de 2017. Agora fomos notificados que devíamos pagar esse valor, que corresponde a uma espécie de custas judiciais. Posso garantir que estamos em processo de pagamento”, declarou Meque.
Regresso ao Moçambola
Apesar do problema administrativo, o Chingale garantiu o regresso ao Moçambola depois de uma campanha de sucesso na “Poule” Regional Centro. A equipa venceu o Campeonato Provincial de Tete e, na fase de apuramento, superou o Matchedje de Mocuba nos penáltis (5-4), após um empate de 2-2 no agregado dos dois jogos.
Agora, enquanto se prepara para competir na elite do futebol moçambicano, o Chingale tem um desafio adicional fora das quatro linhas: regularizar a situação financeira com a FIFA e evitar possíveis sanções que possam comprometer o seu regresso à primeira divisão.