O treinador da Seleção Nacional de Moçambique, Chiquinho Conde, anunciou que o jogo contra a Guiné-Conacri, realizado ontem, pode ter sido o seu último à frente da equipe. A declaração foi feita durante a conferência de imprensa após a vitória por 1-0, que manteve vivas as esperanças de Moçambique de se qualificar pela primeira vez para a Copa do Mundo.
Geny Catamo, jogador de destaque, marcou o gol decisivo aos 93 minutos, convertendo um pênalti que garantiu os três pontos para Moçambique. A vitória foi celebrada intensamente, mas a alegria nos rostos dos jogadores e dos adeptos contrastava com o tom sombrio das declarações de Conde.
Queixas de Sabotagem e Falta de Apoio
Durante a conferência de imprensa, Chiquinho Conde não escondeu seu descontentamento com a federação de futebol moçambicana. Segundo o treinador, seu trabalho tem sido sistematicamente sabotado pela estrutura da federação. Embora não tenha entrado em detalhes específicos sobre a natureza das sabotagens, Conde deixou claro que sente que seu trabalho não tem sido valorizado.
“Este foi, provavelmente, o meu último jogo à frente da seleção nacional,” afirmou Conde, visivelmente emocionado. Ele destacou que seu contrato expira no dia 31 de Julho e que não houve interesse por parte da federação em discutir uma renovação.
O Futuro da Seleção Moçambicana
A notícia da possível saída de Conde chega em um momento crítico para a seleção. A vitória sobre a Guiné-Conacri colocou Moçambique em uma posição favorável na tabela de classificação para o Mundial de 2026. No entanto, a instabilidade no comando técnico pode afetar o desempenho da equipe nos jogos restantes do apuramento.
Os adeptos moçambicanos, que estavam eufóricos com a vitória, agora enfrentam a incerteza sobre o futuro da sua seleção. A continuidade do trabalho iniciado por Conde, que tem mostrado resultados positivos, é vista como crucial para as aspirações de Moçambique em se classificar para o Mundial.
Reação da Federação
Até o momento, a Federação Moçambicana de Futebol não se pronunciou oficialmente sobre as acusações de Conde ou sobre a renovação de seu contrato. A falta de um comunicado claro aumenta as especulações sobre os bastidores da seleção e sobre quem poderá assumir o comando técnico caso Conde realmente deixe o cargo.
A vitória contra a Guiné-Conacri deveria ser um momento de celebração e otimismo para o futebol moçambicano. No entanto, as declarações de Chiquinho Conde lançam uma sombra sobre o futuro da seleção. A questão que agora se coloca é se a federação conseguirá resolver as questões internas e garantir a estabilidade necessária para que Moçambique continue sua campanha rumo ao Mundial de 2026.
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