Hoje, 8 de outubro de 2024, o Comité Paralímpico de Moçambique (CPM) anunciou a suspensão da velocista Edmilsa Governo, uma das principais representantes do país nas provas de 100 e 400 metros na classe T13 (atletas com limitações visuais), por um período de seis anos. A atleta havia decidido não participar da XVII edição dos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, alegando uma lesão. No entanto, após a realização de um inquérito, o CPM concluiu que a desistência foi intencional e de má-fé, uma vez que exames médicos demonstraram que Edmilsa não estava realmente lesionada.
Sérgio Miguel, representante do CPM, esclareceu que a decisão da atleta não contou com qualquer influência externa e que o relatório da Comissão de Inquérito confirmou a intenção por trás da desistência. Além de Edmilsa, seu treinador, Narciso Faquir, também foi suspenso por cinco anos por conivência na decisão. Ambos estarão impedidos de exercer cargos relacionados ao movimento paralímpico durante o período de suas suspensões.
A decisão de Edmilsa de não competir em Paris-2024 representa um revés significativo em sua carreira. Esta é a primeira vez que ela perde uma edição dos Jogos Paralímpicos, especialmente após sua destacada participação em 2016, quando conquistou a medalha de bronze nos 400 metros T12, elevando o nome de Moçambique ao pódio paralímpico. Com a suspensão, sua capacidade de competir e representar seu país em futuras competições será severamente limitada.
As sanções impostas a Edmilsa e a seu treinador enfatizam a importância da ética e da responsabilidade no esporte. O CPM demonstrou que está comprometido em manter a integridade do movimento paralímpico em Moçambique. As repercussões dessa decisão serão observadas nos próximos anos, à medida que Edmilsa e seu treinador enfrentam as consequências de suas ações e o impacto que isso terá em suas carreiras