O Ferroviário de Maputo, um dos clubes com mais tradição no basquetebol moçambicano, atravessa um momento delicado após ser derrotado por 45-66 frente às Águias Especiais, na 8ª jornada do Torneio de Abertura. A derrota frente a uma equipa considerada de menor expressão gerou forte indignação entre os adeptos, que expressaram a sua frustração nas redes sociais e grupos de apoio ao clube.

Para muitos, o resultado é apenas o reflexo de uma crise mais profunda que já se arrasta há várias temporadas. “O Ferroviário de Maputo é uma referência nesta modalidade e mesmo sendo um jogo a feijões, não podemos admitir este tipo de resultados. A direção tem que vir a público e explicar esse plantel fraquíssimo que já vem de alguns anos para cá”, comentou um adepto inconformado.

Outros questionam se há falta de ambição nos escalões seniores masculinos, sugerindo até que o clube poderia estar a jogar sem objetivos definidos. “Se já não temos ambição nos seniores masculinos, que venham a público anunciar. Não brinquem com os 101 anos de muita história do clube por favor”, apelou outro torcedor.

Também se questiona a continuidade do técnico João, apesar de ser reconhecido como competente. “O coach João é um bom técnico, mas penso que no momento está a perder o controlo da situação. Mudanças são necessárias”, reforçou outro comentário.

A maior crítica, no entanto, parece recair sobre a estrutura diretiva e a falta de reforços para uma equipa que, segundo os adeptos, já demonstrou fragilidades no ano passado. A contratação isolada de Titos foi vista como insuficiente para as ambições de um clube centenário.

Neste momento de insatisfação, torna-se claro que os adeptos pedem mais do que vitórias — querem um plano claro, transparência e respeito por uma instituição histórica.

E tal como os adeptos exigem compromisso e qualidade no que consomem dentro da quadra é importante também fazer escolhas conscientes fora dela.

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