A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) não reconhece oficialmente as qualificações do técnico Baciro Candé, atualmente ao serviço do Clube de Desportos da Costa do Sol, uma das equipas que disputa o Moçambola 2025. A entidade reguladora do futebol nacional aponta irregularidades na documentação apresentada pelo treinador guineense.

Segundo o que foi apurado, Candé apresentou um certificado de formação obtido em 2008, no Instituto Português para o Desporto e Juventude (IPDJ), que não especifica o nível técnico atingido e cuja validade se limita ao território português. Importa sublinhar que, em Portugal, apenas os cursos reconhecidos e certificados pela Federação Portuguesa de Futebol (FPF) são considerados válidos para o exercício de funções técnicas no futebol federado, o que não é o caso do documento apresentado.

Na sua carreira, Baciro Candé conta com passagens pela seleção da Guiné-Bissau e clubes como o Sporting de Bissau e Estrela Negra, além de ter trabalhado em categorias de base e na equipa principal do Oeiras, em Portugal. Apesar da sua experiência no futebol, o treinador encontra-se em situação irregular perante os regulamentos técnicos da FMF.

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De acordo com as normas vigentes, os treinadores principais nacionais que atuam no Moçambola devem possuir a licença CAF-A, enquanto os estrangeiros são obrigados a apresentar certificação UEFA PRO ou AFC PRO A. Já os treinadores-adjuntos devem ter, no mínimo, a licença CAF-B (nacionais), ou UEFA B/AFC B (estrangeiros). A FMF já anunciou que, a partir da próxima época, todos os treinadores adjuntos deverão estar em conformidade com os mesmos critérios exigidos aos técnicos principais.

A presença de Candé à frente de uma equipa como o Costa do Sol levanta dúvidas quanto ao cumprimento das normas técnicas e administrativas do campeonato, podendo forçar o clube a tomar medidas de regularização sob pena de sanções.