João Chissano, que assumiu o comando técnico do Textáfrica de Chimoio há apenas quatro meses, decidiu “atirar a toalha ao chão” e deixar o clube. A saída do treinador deve-se a constantes atrasos salariais e à falta de condições de trabalho adequadas, uma situação insustentável que levou à sua decisão de pedir demissão.
O ex-selecionador nacional foi contratado em maio deste ano com a missão de reverter a má fase da equipa no Moçambola, após a saída de Abdul Omar, afastado por maus resultados. No entanto, apesar dos esforços de Chissano, os “fabris” continuaram a enfrentar dificuldades dentro e fora de campo, permanecendo na zona de rebaixamento.
A situação agravou-se com greves recorrentes dos jogadores, que paralisaram os treinos em protesto contra o não pagamento dos salários. Sem uma solução por parte da direção do clube, liderada por Alfredo Dézima, e após mais uma derrota, desta vez contra o Ferroviário de Lichinga, Chissano enviou uma carta formalizando o seu pedido de demissão.
De volta a Maputo, Chissano declarou que as condições necessárias para liderar a equipa não estavam presentes, e que, além dos problemas salariais, o clube não lhe proporcionou as ferramentas essenciais para realizar o seu trabalho. Mesmo após tentativas do presidente do clube para convencê-lo a mudar de ideia, o técnico manteve a sua posição.
João Chissano deixa o Textáfrica na última posição do Moçambola, com apenas 11 pontos, após um curto período marcado por desafios e frustrações.
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