Após a não atribuição da licença pelo Órgão de Primeira Instância da Comissão de Licenciamento de Clubes (CLC) da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), o Maxaquene anunciou que irá recorrer da decisão, conforme revelado pelo presidente do clube, Abrão Muianga.
A situação decorre de irregularidades detectadas pelo órgão responsável, que impedem temporariamente o clube “tricolor” de participar na Poule de Apuramento da Zona Sul, apesar de ter assegurado o direito desportivo para competir. A razão principal apontada seria a existência de dívidas do clube, mas o presidente contesta a natureza dessas acusações.
𝐑𝐞𝐠𝐮𝐥𝐚𝐫𝐢𝐳𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐝𝐞 𝐃𝐢́𝐯𝐢𝐝𝐚𝐬 𝐞 𝐀𝐫𝐠𝐮𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨𝐬 𝐝𝐨 𝐌𝐚𝐱𝐚𝐪𝐮𝐞𝐧𝐞
Segundo Abrão Muianga, as dívidas mencionadas não se referem ao período corrente, mas sim a anos anteriores, e estão a ser pagas de forma gradual. O presidente assegura que, no que toca ao período corrente, o Maxaquene não tem pendências financeiras com a Associação, e os pagamentos estão em ordem, incluindo os salários de atletas, treinadores e funcionários.
“Temos condições mínimas para participar na Poule e para regressar ao Moçambola”, afirmou Muianga em entrevista à RM Desporto. Ele sublinhou ainda que outros clubes que também enfrentam questões financeiras semelhantes têm conseguido regularizar as suas situações e participar no campeonato, sendo assim injustificável a decisão de barrar o Maxaquene.
𝐑𝐞𝐜𝐮𝐫𝐬𝐨 𝐒𝐞𝐫𝐚́ 𝐀𝐩𝐫𝐞𝐬𝐞𝐧𝐭𝐚𝐝𝐨
Abrão Muianga confirmou que o Maxaquene vai apresentar recurso ao Órgão de Apelo da Comissão de Licenciamento da FMF. Ele acredita que há argumentos e provas suficientes para que o clube obtenha a licença e garanta a sua participação na fase de qualificação.
“Nós vamos emitir um processo de recurso amanhã, apresentando todos os argumentos necessários. Temos convicção de que a Comissão tem elementos suficientes para reverter a decisão e permitir a nossa participação na Poule de Apuramento ao Moçambola 2025”, afirmou o líder do clube “tricolor”.
𝐄𝐱𝐩𝐞𝐜𝐭𝐚𝐭𝐢𝐯𝐚𝐬 𝐩𝐚𝐫𝐚 𝐨 𝐅𝐮𝐭𝐮𝐫𝐨
A possível ausência do Maxaquene da competição seria um duro golpe para o futebol moçambicano, visto que o clube é uma referência histórica e tem um legado de vitórias e títulos. No entanto, o recurso a ser apresentado dá esperança aos adeptos e à direção de que o clube poderá competir e, eventualmente, reconquistar o seu lugar na elite do futebol nacional.
A decisão final dependerá agora do Órgão de Apelo da Comissão de Licenciamento da FMF, que terá a responsabilidade de rever o caso e determinar se o Maxaquene poderá participar na Poule e continuar a sua trajetória rumo ao Moçambola 2025.
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