Na conferência de imprensa após a vitória que garantiu ao Ferroviário de Maputo um lugar na final da Taça de Moçambique, Mister Caló, treinador dos “locomotivas” da capital, foi categórico ao afirmar que a sua equipa não tinha a obrigação de vencer o jogo. No entanto, ao abordar a próxima partida diante da União Desportiva do Songo (UDS), enfatizou que as finais não são para serem disputadas, mas sim ganhas.

Essa jornada até à final levanta reflexões sobre o propósito inicial da equipa na competição. Será que o Ferroviário de Maputo considerava realista chegar tão longe? Seja como for, o fato é que agora, na final, a meta de Caló é clara: levar o troféu.

Desde que assumiu o comando do Ferroviário de Maputo, Caló tem demonstrado o valor de apostar em treinadores nacionais. O técnico chegou aos “locomotivas” em um momento crítico, ocupando o lugar deixado vago pela demissão de Sérgio Bóris, treinador português que não conseguiu atender às expectativas do clube. Sob o comando de Bóris, o Ferroviário de Maputo teve um início de temporada desastroso, chegando a ocupar a lanterna vermelha do Moçambola 2024.

A chegada de Caló transformou a equipa. Não apenas conseguiu tirar o Ferroviário da zona de rebaixamento, como também liderou a recuperação até alcançar a 4ª posição no campeonato nacional. Agora, ele escreve mais um capítulo de sucesso ao levar os “locomotivas” à final da Taça de Moçambique, reafirmando a capacidade dos treinadores nacionais de entregar resultados sólidos quando lhes é dada a oportunidade.

A conquista de um lugar na final é mais do que um marco na trajetória de Caló; é um lembrete do potencial que muitos clubes moçambicanos ignoram ao priorizarem treinadores internacionais. O Ferroviário de Maputo agora tem a chance de encerrar a temporada com um título, e, sob o comando de Caló, os adeptos podem sonhar com a consagração na Taça de Moçambique.

O embate final contra a UDS promete ser um espetáculo, e as palavras de Mister Caló já definem o tom: esta é uma partida para ser vencida.