Segundo o jornal desafio, o Moçambola vive um novo ciclo. Com a introdução dos Prémios HCB em 2024, o campeonato nacional de futebol passou a ocupar a 8.ª posição no ranking dos campeonatos com melhor premiação entre os 54 países membros da Confederação Africana de Futebol (CAF), ultrapassando ligas históricas como as da Argélia, Camarões, Senegal e Costa do Marfim.
A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) revolucionou o cenário desportivo nacional ao comprometer-se com uma melhoria significativa nos valores atribuídos às equipas e aos atletas, elevando o prémio do campeão nacional para 7.500.000,00 meticais. Este salto financeiro rompe com os modestos 600.000,00 MT atribuídos até 2023 pela Liga Moçambicana de Futebol (LMF), marcando uma viragem na valorização da principal prova futebolística do país.
Na liderança regional
Na região da África Austral (COSAFA), apenas a Premier Soccer League (PSL) da África do Sul supera o Moçambola em termos de premiação. O campeão sul-africano recebe impressionantes 25.000.000,00 randes — cerca de 88.500.000,00 meticais ao câmbio de 30 de Maio — colocando o país como o detentor do campeonato mais bem pago do continente africano.
Ainda assim, Moçambique supera países com maior tradição e infraestruturas desportivas mais consolidadas, consolidando-se como uma referência emergente na valorização do desporto.
Um pacote financeiro transformador
O acordo firmado com a HCB tem uma duração de quatro anos, até 2027, e contempla cerca de 30 prémios anuais distribuídos em duas grandes categorias: prémios colectivos e prémios individuais.
Os prémios colectivos são destinados aos três primeiros classificados do Moçambola, sendo entregues ao final da temporada. Já os prémios individuais são distribuídos ao longo dos 182 jogos do campeonato, contemplando os melhores da jornada, da primeira volta e do fim do campeonato, promovendo o mérito desportivo e o desempenho contínuo.
Mais que números: dignidade para o futebol moçambicano
A aposta da HCB na valorização do futebol nacional não se resume a montantes. Ela representa uma injeção de confiança no potencial dos clubes e jogadores moçambicanos, estimulando maior competitividade, profissionalismo e atratividade para atletas, treinadores, patrocinadores e adeptos.
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O Moçambola, muitas vezes ofuscado por desafios estruturais e logísticos, começa agora a destacar-se por méritos próprios. Os Prémios HCB mostram que, com parcerias estratégicas e visão a longo prazo, é possível transformar realidades e devolver dignidade ao desporto-rei em Moçambique.
