Nos últimos dias, o mundo desportivo moçambicano foi agitado por um debate em torno da presença do presidente da Associação Moçambicana de Árbitros de Futebol (AMAF), Arão Júnior, à frente da delegação do Black Bulls durante a deslocação da equipa ao Congo. Muitos questionaram a razão de um dirigente da AMAF estar à frente de uma equipe de clube, mas Arão Júnior esclareceu que essa situação é, na verdade, parte de suas responsabilidades dentro do sistema desportivo nacional.
𝐀𝐫𝐚̃𝐨 𝐉𝐮́𝐧𝐢𝐨𝐫 𝐄𝐱𝐩𝐥𝐢𝐜𝐚 𝐚 𝐒𝐢𝐭𝐮𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨
Em resposta às críticas Arão Júnior, explicou que, além de presidir a AMAF, também faz parte da estrutura da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), o que justifica sua nomeação para chefiar delegações em competições internacionais, incluindo de clubes como o Black Bulls. Segundo ele, esse tipo de situação é absolutamente normal e faz parte do trabalho coletivo realizado pela federação.
“Isto é uma situação geral, tanto normal porque eu pertenço à Federação Moçambicana de Futebol. O facto de ser presidente da AMAF não impede que eu exerça outras funções atribuídas pela FMF. Quando a Federação indica alguém para acompanhar uma delegação, seja da seleção ou de clubes, como no caso da Black Bulls, isso faz parte do trabalho que todos nós desempenhamos em prol da nação”, afirmou Arão Júnior.
𝐎 𝐏𝐚𝐩𝐞𝐥 𝐝𝐚 𝐅𝐞𝐝𝐞𝐫𝐚𝐜̧𝐚̃𝐨 𝐌𝐨𝐜̧𝐚𝐦𝐛𝐢𝐜𝐚𝐧𝐚 𝐝𝐞 𝐅𝐮𝐭𝐞𝐛𝐨𝐥
A FMF, como o principal órgão regulador do futebol no país, tem a responsabilidade de indicar representantes para acompanhar e gerir delegações em competições internacionais. Essa função é atribuída a membros da federação, independentemente de outros cargos que possam ocupar, como o de presidente de associações afiliadas, no caso de Arão Júnior.
Portanto, a participação do presidente da AMAF à frente da delegação da Black Bulls foi uma decisão da FMF, e não representa qualquer tipo de conflito de interesses. Arão Júnior reiterou que seu trabalho é servir ao futebol moçambicano em suas diversas formas, e que essa tarefa faz parte do comprometimento geral com o desenvolvimento do desporto nacional.
𝐑𝐞𝐚𝐜̧𝐨̃𝐞𝐬 𝐧𝐨 𝐌𝐮𝐧𝐝𝐨 𝐃𝐞𝐬𝐩𝐨𝐫𝐭𝐢𝐯𝐨
Embora a explicação de Arão Júnior tenha dissipado parte das críticas, o debate abriu espaço para uma reflexão sobre a transparência e a comunicação no que diz respeito à gestão desportiva em Moçambique. Alguns analistas desportivos destacaram que, embora a prática seja comum, a falta de clareza inicial gerou dúvidas entre os adeptos e profissionais do futebol.
No entanto, muitos entenderam que a dualidade de funções dentro da FMF é algo comum e necessário, dado o papel multifuncional dos seus membros, que muitas vezes acumulam diferentes responsabilidades.
O presidente da AMAF, Arão Júnior, encerrou a controvérsia ao afirmar que o seu papel à frente da delegação da Black Bulls foi uma extensão das suas funções na Federação Moçambicana de Futebol. Para ele, é uma responsabilidade normal, que visa assegurar a correta representação e gestão das delegações moçambicanas em competições internacionais.
A presença de Arão Júnior no Congo com a Black Bulls é um lembrete do compromisso dos dirigentes desportivos com o sucesso e a representação do futebol moçambicano, seja a nível de seleções ou clubes.
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